quarta-feira, 19 de abril de 2017

ESTE PAÍS NÃO É PARA QUEM TRABALHA



Felizmente faço parte do limitado número dos que pagam e sempre pagaram impostos. Tive azar ou não tive esperteza para subir àquele patamar superior cuja tributação fiscal é igual à do enorme escalão inferior que continua a ser zero. Uns, conseguem isentar-se através de offshores e outros esquemas, os outros, por continuarem no fim da tabela. Não tenho inveja duns nem quero descer ao nível dos outros. Há os gajos (não têm outro nome) que, apaparicados pela comunicação social e por políticos, não pagam ou roubam milhões e milhares de milhões de euros, tinham patrimónios milionários agora em nome de fundações e outras entidades mafiosas. Estes também não pagam impostos, a justiça não consegue provar nada, os processos são arquivados, são ilibados, absolvidos e mais toda a merda de procedimentos que nos lixam a todos. Para completar o puzzle há ainda o peixe miúdo que nunca trabalhou nem quer ouvir falar em tal, logo nada contribuiu nem contribuiu, é tratado nas palminhas das mãos pela maralha que vive há sombra da política e do orçamento, recebe e tem mais regalias que quem trabalha e contribui, passa dias e noites comendo, bebendo, passeando e até barafustando com tudo e com todos. Sinto-me indignado, roubado, desconsiderado e até já desmotivado.
Quando é que alguém com tomates põe termo a isto.

Paulino Pereira

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