Felizmente faço parte do limitado
número dos que pagam e sempre pagaram impostos. Tive azar ou não tive esperteza
para subir àquele patamar superior cuja tributação fiscal é igual à do enorme
escalão inferior que continua a ser zero. Uns, conseguem isentar-se através de
offshores e outros esquemas, os outros, por continuarem no fim da tabela. Não
tenho inveja duns nem quero descer ao nível dos outros. Há os gajos (não têm
outro nome) que, apaparicados pela comunicação social e por políticos, não
pagam ou roubam milhões e milhares de milhões de euros, tinham patrimónios
milionários agora em nome de fundações e outras entidades mafiosas. Estes
também não pagam impostos, a justiça não consegue provar nada, os processos são
arquivados, são ilibados, absolvidos e mais toda a merda de procedimentos que
nos lixam a todos. Para completar o puzzle há ainda o peixe miúdo que nunca
trabalhou nem quer ouvir falar em tal, logo nada contribuiu nem contribuiu, é
tratado nas palminhas das mãos pela maralha que vive há sombra da política e do
orçamento, recebe e tem mais regalias que quem trabalha e contribui, passa dias
e noites comendo, bebendo, passeando e até barafustando com tudo e com todos. Sinto-me
indignado, roubado, desconsiderado e até já desmotivado.
Quando é que alguém com tomates põe
termo a isto.
Paulino Pereira
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