Confesso que
nada sei de economia. Coisas são ditas e propostas por alguns economistas e
políticos que me fazem confusão. Propõem aumentar o rendimento das famílias e,
consequentemente, aumentar o consumo interno. O que produzimos é insuficiente para
o consumo interno, com algumas excepções. Grande parte dos bens transacionáveis
é importado. Os bancos estão sem dinheiro para injectar na economia. A poupança
dos cidadãos é insignificante. Perante este cenário como é que pode haver
crescimento?. Para construir uma casa, um pavilhão ou qualquer estrutura é
necessário preparar bons e sólidos alicerces. Para a economia funcionar e
crescer é necessário que exista dinheiro nosso, poupança interna. Poupança do
Estado, poupança dos cidadãos e das empresas. Portugal é um rico País mas ainda
não é um País rico. Só pode ter capacidade competitiva quem possui alguns fundos
próprios para poder recorrer a financiamentos de terceiros. Incentivamos o
aumento o consumo interno, temos de importar mais. Importamos mais precisamos
de mais dinheiro. Como não há poupanças recorremos ao crédito. Mais crédito
mais dívida privada. Como o sistema financeiro interno está sem dinheiro
pede-se mais dinheiro ao estrangeiro. Maior dívida externa, mais encargos que
acrescem aos anteriores. Continuam o endividamento privado e público. Círculo vicioso
do qual não conseguimos sair. Está formada a bola de neve. Todos temos o
direito de sonhar ter um Rolls Royce, mas temos de ter consciência que não
passa de um sonho. Com estas premissas erradas os resultados são, obviamente,
negativos e errados. O futuro está hipotecado.
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