quarta-feira, 15 de maio de 2013

Desigualdades

Portugal é dos países UE onde existe o maior desiquilibrio entre pobres e ricos e mesmo entre profissões. A igualdade ainda é utopia. É verdade os portugueses usufruiram, durante algum tempo,  maiores rendimentos e bem estar. É igualmente verdade que o foi de forma artificial e insustentável, fruto do crédito barato e sem critério, destinado ao consumo supérfluo e pouco ao investimento e à produção. Como diz o provérbio "Mal vai a grande fortuna se a economia a não dirige". O resultado está à vista. Acentuaram-se os desiquilibrios, as desigualdades e aumentou a pobreza e a miséria. Agora todos reclamam mas quem nos emprestou quer receber e casa ou não há pão...
Entre as grandes reformas exigidas está a da administração pública. Fala-se em aproximar e igualar salários, direitos e obrigações dos funcionários públicos com os dos trabalhadores do sector privado. Não viria mal ao mundo se as funções desempenhadas por uns e outros fossem todas iguais. A realidade em bem distinta e sem qualquer semelhança em muitas e variadas funções. Cidadãos com altas qualificações académicas nas áreas do direito e da economia, quando se dirigem a uma entidade pública necessitam, não só do serviço prestado, mas de informação e obtenção de conhecimento especifico para poderem concluir os seus projectos e actividades. Cidadão informado e consciente sabe perfeitamente que é assim. Quando não se tem solução para os problemas os funcionários públicos são o bode expiatório. Na função pública, tal como no sector privado, há gente menos capaz mas não generalizaremos. É bom não esquecer que os maus exemplos muitas vezes vêm do cume da pirâmide. Na terra do bom viver...
Eliminem a burocracia criada pelos politicos e pelos legisladores, os gastos supérfluos, o excesso de chefias intermédias, os carrinhos e as mordomias, qualifiquem e formem as pessoas, façam a competente avaliação, deixem de cortar nos vencimentos e incentivem a produtividade. Exija-se a cada um o cabal desempenho da sua função, no público e no privado. Não queiram igualar o que é desigual.

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