domingo, 17 de junho de 2012

BURROS SOMOS NÓS

Noutros tempos, por esta altura, muitos cidadãos contavam os dias que faltavam para receber o subsídio de férias. Para uns era a possibilidade de usufruir de alguns dias de férias fora do seu dia a dia, sem necessidade de esforço extra.  Para outros era a possibilidade de reequilibrio das finanças pessoais, limando alguns bicos que restavam dos gastos feitos no 1º semestre, ficando o restante a cargo do subsídio de natal. Nas últimas duas décadas, uma associação não legalizada de politicos, banqueiros, gestores, empresários e outros acólitos, resolveu dar uma banhada aos europeus, designadamente aos portugueses. Eleitos democraticamente,  promoveram o encerramento de tudo o que daria alguma independência do exterior. Produzir não era necessário. Entraram milhares de milhões de euros, alguns diretamente para a compra de mansões, iates, limousines, jipes, férias de luxo, bares de alterne e afins.  Roubaram e apoderaram-se de tudo. Investimento e modernização na agricultura, pescas, indústria e comércio, foram à vidinha. Entalaram o Zé Povinho convencendo - o que lá da UE viria tudo, deixando - o castrado e sem ferramentas nem armas para, pelo menos, os mandar para a prisão. A impunidade desta cambada é a regra que continua a manter-se. Falam, legislam, falam, prometem e quase tudo prescreve e a culpa morre solteira.  Uns quantos roubam, outros dão-lhes cobertura e nós, todos contentinhos e para salvar o país, permitimos que nos roubem os subsídios de férias e de natal e outras coisas. Como diria um conhecido brasileiro "e o burro sou eu". Somos mesmo burros.